De vez em quando.
Talvez de vez em quando demais… quando o sol e a lua se confundem no meu beijo de seda… desço a escada à pressa… está-me no sangue a pressa e estas garras que vão, vêm, tornam a vir para nos agarrar e nos tornar iguais a nós mesmos…
Deixei de querer estes silêncios que se me abotoam aos sonhos que trago no peito. Não quero, não! Chega de querer o que nunca consegui sequer imaginar…
Quantas vezes quis forçar o mundo a prosseguir um caminho sem dono… quantas vezes me julguei perdida numa linha recta…
Ah, e estas vozes de dentro que se ouvem por fora e lamentam a saliva perdida em palavras de dor…
Quero mais do que isto… mas ao mesmo tempo não quero nada. Porque é mais fácil não ter nada do que ter tudo o que se quer…
Mas eu quero… o quê não sei. Nunca saberei, ninguém saberá…
A resposta, nunca ma deste… e todos os meus porquês se transformaram em murmúrios de uma falsa conformidade.
Nunca saberás se amanhã será melhor que hoje, porque te rendeste às amarguras de um ontem. Nunca saberás… e eu nunca saberei o porquê da tua ânsia de terminar com o futuro…
Talvez te tenhas arrependido quando já era tarde demais (afinal existe mesmo um tarde demais…)
Mas eu nunca me arrependi de ter guardado aquelas tuas palavras dentro da alma.
E aquela última imagem de ti. Descias as escadas à pressa… e quantas vezes eu te achei igual a mim mesma…
Hoje sei que não. Amanhã não sei se sim.
terça-feira, janeiro 30, 2007
Subscrever:
Mensagens (Atom)